Aula para o 5º semestre de Filosofia sobre Teoria do Agir comunicativo
Professor: Fabricio Coelho de Sousa
Disciplina: Filosofia da Linguagem
Semestre: 5º Semestre de Filosofia
Tema: Teoria do Agir comunicativo
ANEXOS
LEITURA-DIRIGIDA-HABERMAS.pdfProfessor: Fabricio Coelho de Sousa
Disciplina: Filosofia da Linguagem
Semestre: 5º Semestre de Filosofia
Tema: Teoria do Agir comunicativo
ANEXOS
LEITURA-DIRIGIDA-HABERMAS.pdfProfessor: Fabricio Coelho de Sousa
Disciplina: Filosofia da Linguagem
Semestre: 5º Semestre de Filosofia
Tema: Os conceitos de “jogos de linguagem” e “seguir uma regra” como crítica ao mentalismo subjetivista.
ANEXOS
LEITURA-DIRIGIDA-DO-INVESTIGAÇÕES-FILÓSOFICAS-II.pdfProfessor: FABRÍCIO COELHO DE SOUSA
Disciplina: Filosofia da Linguagem
Semestre: 5º semestre de Filosofia
Tema: O significado como uso: “jogos de linguagem”.
ANEXO
INVESTIGAÇÕES-FILOSOFICAS.pdf Leitura-dirigida-sobre-o-Texto-Professor-fabricio.pdfPROFESSOR: FABRICIO COELHO
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA LINGUAGEM
5º semestre de Filosofia
TEMÁTICA DA AULA: A QUESTÃO DO SUJEITO(ANTROPOS) NO TRACTATUS DE WITTGENSTEIN.
Leitura Dirigida e Exercício Avaliativo II – Tractatus Logico Philosophicus
ATENÇÃO PARA OS AVISOS.
OS DISCENTES DEVERÃO ME ENTREGAR ESTE EXERCÍCIO
RECEBEREI OS EXERCÍCIOS PELO “GOOGLE CLASSROOM” (GOOGLE SALA DE AULA)
DEVERÃO ENTRAR NO “GOOGLE CLASSROOM”(PODEM ENTRAR PELO GMAIL, OU AINDA BAIXAR O APLICATIVO) E DIGITAR O CÓDIGO DA “TURMA DE FILOSOFIA DA LINGUAGEM”
CÓDIGO: mt5piaj
-Nome e sobrenome da Professor : Fabrício Coelho de Sousa
-Tema do material: Filosofia da Linguagem no Tratactatus de Wittgenstein
Leitura Dirigida – Tractatus Logico Philosophicus
Diante das discussões que ocorreram em aulas passadas e das consequências que retiramos do pensamento de Wittgenstein expresso nas proposições analisadas do Tractatus, continuaremos nossa análise a partir daquilo que já conquistamos: a relação entre mundo e pensamento, e o redimensionamento do antropos a partir desta relação. Hoje nosso objeto de análise será o entendimento que Wittgenstein detém sobre a filosofia a partir do prisma analítico desenvolvido no Tractatus.
Recuperemos a proposição “3. Pensamento é a figuração lógica dos fatos.”
Pensar não diz respeito a nenhuma atividade cognitiva-intelectual de um ser pensante, ou de uma “coisa que pensa” (como queria Descartes). Pensar, no sentido que Wittgenstein está propondo, tem a ver como os fatos são figurados de forma lógica. Nos lembremos que a ocorrência de coisas em relação umas com as outras é um fato, esta relação é que é figurada logicamente, pois a relação mesma é lógica. A lógica é uma espécie de metafísica que organiza as coisas e deixa figurar-se, ou seja, deixa representar-se. E onde ela será representada? Proposição “4. O pensamento é a proposição significativa.” Na proposição é onde a lógica se exibe, o operador de como as coisas se relacionam. Em última instância, nós não temos relação diretamente com as coisas, mas sim mediadas pela proposição, que reflete o modus operandi (lógica) de como as coisas se relacionam para formar mundo. Há ainda um dado na “proposição 4” : o pensamento é a proposição que contém significado, ou seja, possui sentido. Isto fica claro na proposição “4.01. A proposição é figuração da realidade.” A figuração da realidade, ou seja, a forma lógica é o que perfaz a proposição, dotando-a de sentido, significado. Em última instância o sentido, o significado vem da lógica de como as coisas se organizam. Sendo assim pensamento não provém de uma consciência ou correlato a esta, mas vem do operador de como as coisas se organizam, se relacionam entre si – o que Wittgenstein chama lógica – para formar mundo.
Já na proposição “4.001- A totalidade das proposições é a linguagem.” , o pensador do Tractatus exibe seu entendimento sobre linguagem, fazendo assim a exibição primordial e essencial para um modo de pensar que se pretenda analítico a partir do exame da linguagem. Vejamos.
Se mundo é o que ocorre – a isto ele denominou fatos – , e se os fatos são figurados na proposição, ou seja refletem a forma lógica de como as coisas se relacionam para formar mundo, e esta figuração na proposição é o pensar temos o seguinte esquema :
mundo proposição pensamento
fatos figuração
coisas num Estado de coisas (forma lógica)
(Estado de coisas = forma lógica)
TOTALIDADE DAS PROPOSIÇÕES (LINGUAGEM)
Só há pensamento porque este é um reflexo de como mundo se organiza, e como esta organização é espelhada na proposição, sendo a totalidade das proposições a linguagem.
Ainda sobre a lógica ser vista como instância que instaura sentido, significado e que está espelhada na proposição podemos citar a proposição “4.011. À primeira vista, a proposição — em particular tal como está impressa no papel — não parece ser figuração da realidade de que trata. Mas tampouco a escrita musical parece à primeira vista ser figuração ‘da música, e nossa escrita fonética (letras), figuração da linguagem falada. No entanto, essas linguagens simbólicas se manifestam, também no sentido comum, como figurações do que representam”
Wittgenstein exibe analogias de como a proposição é o lócus onde a lógica que organiza as coisas se manifesta.
A proposição “4.023” atesta o que dissemos acima e quer insistir cada vez mais na zona de investigação a que Wittgenstein propõe como lócus primordial de análise da linguagem de viés analítico: a Lógica. Analisemos:
“4.023. Por meio da proposição a realidade deve ser fixada enquanto sim ou enquanto não. Por isso deve ser completamente descrita por ela. A proposição é a descrição de um estado de coisas. Assim como a descrição de um objeto se dá segundo suas propriedades externas, a proposição descreve a realidade segundo suas propriedades internas.
A proposição constrói o mundo com a ajuda de andaimes lógicos, e por isso é possível, na proposição, também se ver, caso ela for verdadeira, como tudo que é lógico está. Pode-se de uma proposição falsa tirar conclusões.”
“A proposição é a descrição de um estado de coisas”. A proposição faz referência a lógica, ao como as coisas se organizam : “a proposição descreve a realidade segundo suas propriedades internas.”. Ou seja, a proposição não diz respeito a descrição de objetos ou qualidades dos mesmos. Linguagem não é um comunicar inocente de mensagens subjetivas acerca do mundo. Aliás, mundo se torna compreensível para nós através da proposição que espelha a lógica de como este mundo se estrutura: “A proposição constrói o mundo com a ajuda de andaimes lógicos[…]”.
Ainda sobre como a proposição recebe seu fundamento a partir do espelhamento lógico dos fatos temos a proposição “4.03. Uma proposição deve comunicar novo sentido
com velhas expressões. A proposição nos comunica uma situação, de sorte que deve estar essencialmente vinculada a ela. E a vinculação consiste precisamente em que
ela é sua figuração lógica. A proposição só asserta algo enquanto é figuração.” A parte grifada da proposição 4.03 é a que deve ser analisada. A situação nada mais é do que o Estado de coisas ao qual a proposição deve estar vinculada para poder mostrar algo sobre o mundo, esta vinculação, como diz o próprio Wittgenstein, é a figuração. Podemos citar outras proposições acerca deste arranjo:
“4.032. A proposição é urna figuração da situação unicamente enquanto for logicamente articulada[…].”
“4.1. A proposição representa a subsistência e não subsistência dos estados de coisas.”
Exercícios Avaliativos
A partir destes arranjos podemos visualizar Wittgenstein exibindo um conceito nada ortodoxo – aliás, como tudo o que diz respeito ao Tractatus – do que seja filosofia:
“4.112. A finalidade da filosofia é o esclarecimento lógico dos pensamentos. A filosofia não é teoria mas atividade. Uma obra filosófica consiste essencialmente em comentários. A filosofia não resulta em “proposições filosóficas” mas em tornar claras as proposições. A filosofia deve tomar os pensamentos que, por assim dizer, são vagos e obscuros e torná-los claros e bem delimitados.”
Também nos deparamos com um dado de difícil compreensão sobre o operador da realidade, a saber, a lógica:
“4.12. A proposição pode representar a realidade inteira, não pode, porém, representar o que ela deve ter em comum com a realidade para poder representá-la — a forma lógica.
Para podermos representar a forma lógica seria preciso nos colocar, com a proposição, fora da lógica; a saber, fora do mundo.”
“4.121. A proposição não pode representar a forma lógica, esta espelha-se naquela.
Não é possível representar o que se espelha na linguagem. O que se exprime na linguagem não podemos expressar por meio dela. A proposição mostra a forma lógica da realidade.
Ela a exibe.”
Além de uma enigmática proposição, aos moldes de Nietzsche:
4.1212 “O que pode ser mostrado não pode ser dito.”
1- O que Wittgenstein quer dizer com “A filosofia não é teoria mas atividade” (4.112)?
2- O que Wittgenstein afirma sobre a lógica nas proposições 4.12 e 4.121 acima?
3- O quê Wittgenstein está afirmando acerca da relação entre mundo, proposição e lógica na proposição 4.1212?
Comentários