Professor Padre João Paulo Dantas

Disciplina: Cristologia.

Turma: 3º semestre de Teologia

Tema:  O Cristocentrismo da Pregação Eclesial.

Aula ministrada dia 17/07/2020 pela plataforma Google Meet

ANEXO

J. Ratzinger, Cristocentrismo na Pregação

 

Colocar no site o resumo do texto em anexo:

O Texto escolhido para a aula de hoje (J. Ratzinger, Cristocentrismo na Pregação?, in: Id., Dogma e Anúncio, Loyola: São Paulo 2007, 43-60), reflete sobre o conteúdo central da pregação cristã.

Um pequeno resumo (5 pontos):

  1. Pode-se falar de cristocentrismo na pregação cristã, recordando que a pregação de Cristo não foi sobre si mesmo, mas sobre o Reino de Deus? A resposta é sim, pois Cristo é Autobasiléia (Orígenes). Ou seja, Ele é o Reino entre nós, Ele é a porta de entrada concreta para o Reino de Deus.

Falsificar ou reduzir a figura de Cristo (super homem, sindicalista, revolucionário, guru, etc.), significaria apresentar um Jesus insuficiente, que não pode ser o caminho, a verdade e a vida, o único Salvador. Não se pode renunciar à filiação divina de Cristo;

  1. Cristo deve ser anunciado de modo trinitário. Este ponto do artigo nos abre para a importância do tratado da Trindade (no semestre que vem) e para as suas intrínsecas conexões com o tratado cristológico;
  2. Cristo deve ser pregado, a partir da experiência eclesial, que é uma experiência cultual (sacramental-eucarística). O culto cristão é o ponto concreto de todo cristocentrismo. O cristianismo não é pura doutrina, mas é vida. A fonte e o ápice da vida cristã é a liturgia. O culto cristão é lugar de experiência direta com o Cristo Ressuscitado que passou pela Cruz;
  3. O dogma é a interpretação (magisterial) da Escritura (Palavra de Deus). A Pregação deve se basear na Escritura (O dogma indica o que é normativo no kerigma); A pregação tem como objetivo a salvação dos homens. A finalidade é soteriológica (Isto nos prepara para o curso de soteriologia). Ao anunciarmos Cristo (cristocentrismo), anunciamos a sua identidade (cristologia) e a sua obra salvífica (soteriologia).
  4. O ideal é unirmos na pregação a Verdade (realidade objetiva de quem Cristo é e do que Ele realizou por nós), com a veracidade (nossa própria convicção, que nasce de uma experiência concreta e profunda com a Verdade que devemos anunciar).

 

Texto para leitura e reflexão. Em anexo.