aula para o 5º semestre de Filosofia – Disciplina: Filosofia Geral III – Tópicos
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Nome: Deuzuita Carneiro de Miranda
Disciplina:Teoria do Conhecimento
Semestre: 1º semestre de Filosofia
Tema/Assunto:
04 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
4.1. 1O bimestre: período: de 03/02/2020 a 18/04/2020
4.1.1 CONTEÚDOS:
Unidade 1: Preliminares:
1.Conhecimento e opinião.
2.Teeteto (ou: sobre o Conhecimento).
Observações:
também pode ser baixado
22/03/2020.
-Nome e sobrenome da Professor : Fabrício Coelho de Sousa
-Tema do material: Filosofia da Linguagem no Tratactatus de Wittgenstein
Leitura Dirigida – Tractatus Logico Philosophicus
Diante das discussões que ocorreram em aulas passadas e das consequências que retiramos do pensamento de Wittgenstein expresso nas proposições analisadas do Tractatus, continuaremos nossa análise a partir daquilo que já conquistamos: a relação entre mundo e pensamento, e o redimensionamento do antropos a partir desta relação. Hoje nosso objeto de análise será o entendimento que Wittgenstein detém sobre a filosofia a partir do prisma analítico desenvolvido no Tractatus.
Recuperemos a proposição “3. Pensamento é a figuração lógica dos fatos.”
Pensar não diz respeito a nenhuma atividade cognitiva-intelectual de um ser pensante, ou de uma “coisa que pensa” (como queria Descartes). Pensar, no sentido que Wittgenstein está propondo, tem a ver como os fatos são figurados de forma lógica. Nos lembremos que a ocorrência de coisas em relação umas com as outras é um fato, esta relação é que é figurada logicamente, pois a relação mesma é lógica. A lógica é uma espécie de metafísica que organiza as coisas e deixa figurar-se, ou seja, deixa representar-se. E onde ela será representada? Proposição “4. O pensamento é a proposição significativa.” Na proposição é onde a lógica se exibe, o operador de como as coisas se relacionam. Em última instância, nós não temos relação diretamente com as coisas, mas sim mediadas pela proposição, que reflete o modus operandi (lógica) de como as coisas se relacionam para formar mundo. Há ainda um dado na “proposição 4” : o pensamento é a proposição que contém significado, ou seja, possui sentido. Isto fica claro na proposição “4.01. A proposição é figuração da realidade.” A figuração da realidade, ou seja, a forma lógica é o que perfaz a proposição, dotando-a de sentido, significado. Em última instância o sentido, o significado vem da lógica de como as coisas se organizam. Sendo assim pensamento não provém de uma consciência ou correlato a esta, mas vem do operador de como as coisas se organizam, se relacionam entre si – o que Wittgenstein chama lógica – para formar mundo.
Já na proposição “4.001- A totalidade das proposições é a linguagem.” , o pensador do Tractatus exibe seu entendimento sobre linguagem, fazendo assim a exibição primordial e essencial para um modo de pensar que se pretenda analítico a partir do exame da linguagem. Vejamos.
Se mundo é o que ocorre – a isto ele denominou fatos – , e se os fatos são figurados na proposição, ou seja refletem a forma lógica de como as coisas se relacionam para formar mundo, e esta figuração na proposição é o pensar temos o seguinte esquema :
mundo proposição pensamento
fatos figuração
coisas num Estado de coisas (forma lógica)
(Estado de coisas = forma lógica)
TOTALIDADE DAS PROPOSIÇÕES (LINGUAGEM)
Só há pensamento porque este é um reflexo de como mundo se organiza, e como esta organização é espelhada na proposição, sendo a totalidade das proposições a linguagem.
Ainda sobre a lógica ser vista como instância que instaura sentido, significado e que está espelhada na proposição podemos citar a proposição “4.011. À primeira vista, a proposição — em particular tal como está impressa no papel — não parece ser figuração da realidade de que trata. Mas tampouco a escrita musical parece à primeira vista ser figuração ‘da música, e nossa escrita fonética (letras), figuração da linguagem falada. No entanto, essas linguagens simbólicas se manifestam, também no sentido comum, como figurações do que representam”
Wittgenstein exibe analogias de como a proposição é o lócus onde a lógica que organiza as coisas se manifesta.
A proposição “4.023” atesta o que dissemos acima e quer insistir cada vez mais na zona de investigação a que Wittgenstein propõe como lócus primordial de análise da linguagem de viés analítico: a Lógica. Analisemos:
“4.023. Por meio da proposição a realidade deve ser fixada enquanto sim ou enquanto não. Por isso deve ser completamente descrita por ela. A proposição é a descrição de um estado de coisas. Assim como a descrição de um objeto se dá segundo suas propriedades externas, a proposição descreve a realidade segundo suas propriedades internas.
A proposição constrói o mundo com a ajuda de andaimes lógicos, e por isso é possível, na proposição, também se ver, caso ela for verdadeira, como tudo que é lógico está. Pode-se de uma proposição falsa tirar conclusões.”
“A proposição é a descrição de um estado de coisas”. A proposição faz referência a lógica, ao como as coisas se organizam : “a proposição descreve a realidade segundo suas propriedades internas.”. Ou seja, a proposição não diz respeito a descrição de objetos ou qualidades dos mesmos. Linguagem não é um comunicar inocente de mensagens subjetivas acerca do mundo. Aliás, mundo se torna compreensível para nós através da proposição que espelha a lógica de como este mundo se estrutura: “A proposição constrói o mundo com a ajuda de andaimes lógicos[…]”.
Ainda sobre como a proposição recebe seu fundamento a partir do espelhamento lógico dos fatos temos a proposição “4.03. Uma proposição deve comunicar novo sentido
com velhas expressões. A proposição nos comunica uma situação, de sorte que deve estar essencialmente vinculada a ela. E a vinculação consiste precisamente em que
ela é sua figuração lógica. A proposição só asserta algo enquanto é figuração.” A parte grifada da proposição 4.03 é a que deve ser analisada. A situação nada mais é do que o Estado de coisas ao qual a proposição deve estar vinculada para poder mostrar algo sobre o mundo, esta vinculação, como diz o próprio Wittgenstein, é a figuração. Podemos citar outras proposições acerca deste arranjo:
“4.032. A proposição é urna figuração da situação unicamente enquanto for logicamente articulada[…].”
“4.1. A proposição representa a subsistência e não subsistência dos estados de coisas.”
Exercícios Avaliativos
A partir destes arranjos podemos visualizar Wittgenstein exibindo um conceito nada ortodoxo – aliás, como tudo o que diz respeito ao Tractatus – do que seja filosofia:
“4.112. A finalidade da filosofia é o esclarecimento lógico dos pensamentos. A filosofia não é teoria mas atividade. Uma obra filosófica consiste essencialmente em comentários. A filosofia não resulta em “proposições filosóficas” mas em tornar claras as proposições. A filosofia deve tomar os pensamentos que, por assim dizer, são vagos e obscuros e torná-los claros e bem delimitados.”
Também nos deparamos com um dado de difícil compreensão sobre o operador da realidade, a saber, a lógica:
“4.12. A proposição pode representar a realidade inteira, não pode, porém, representar o que ela deve ter em comum com a realidade para poder representá-la — a forma lógica.
Para podermos representar a forma lógica seria preciso nos colocar, com a proposição, fora da lógica; a saber, fora do mundo.”
“4.121. A proposição não pode representar a forma lógica, esta espelha-se naquela.
Não é possível representar o que se espelha na linguagem. O que se exprime na linguagem não podemos expressar por meio dela. A proposição mostra a forma lógica da realidade.
Ela a exibe.”
Além de uma enigmática proposição, aos moldes de Nietzsche:
4.1212 “O que pode ser mostrado não pode ser dito.”
1- O que Wittgenstein quer dizer com “A filosofia não é teoria mas atividade” (4.112)?
2- O que Wittgenstein afirma sobre a lógica nas proposições 4.12 e 4.121 acima?
3- O quê Wittgenstein está afirmando acerca da relação entre mundo, proposição e lógica na proposição 4.1212?
PROFESSOR: FRANCISCO VÉRAS
DISCIPLINA: LATIM III
SEMESTRE: 3º semestre de Filosofia
TEMA: VELLE, NOLLE, MALLE, REVISÃO
1º Semana da quarentena (a partir de 23/03)
Caro aluno, a apostila que foi entregue para vocês em fevereiro segue válida para esta época de quarentena e isolamento social. Por isso, a partir de 24/03/20 vocês devem ler o 6o texto, cujo título é “Volo aliquid rogare”, página 106. Depois de ler o texto em voz alta por pelo menos 3 vezes, traduza-o. Para uma correta compreensão do texto preste atenção a explicação abaixo:
aliquis, aliquid = algum, alguém, alguma coisa
volo, velle = querer, desejar (veja conjugação na página 107 da apostila antes de ler o texto)
nolo, nolle = não querer, não desejar. (veja conjugação na página 107 da apostila)
Em latim trata-se de um verbo com uma conjugação peculiar. malo, malle = preferir (veja conjugação na página 107 da apostila)
Preste atenção ao uso de malo…quam…
Ex. Malo ad tabernam ire quam ad scholam ire!
Prefiro até bar/taverna ir que até escola ir
Tradução correta: prefiro ir ao bar que à escola.
Poderíamos escrever a mesma sentença latina da seguinte maneira:
Ex. Nolo ad scholam ire, sed volo ad tabernam ire. (Não quero ir à escola, mas quero ir ao bar)
2ª Semana da quarentena (a partir de 30/03)
Ler o 7o texto da apostila, cujo título é “Ostende manum”, página 118. Depois de ler o texto em voz alta por pelo menos 3 vezes, traduza-o.
1
Revisão Caro aluno, você deve reconhecer facilmente os comandos das questões em língua latina, pois todo o vocabulário já foi trabalhando em sala de aula desde o latim I. A revisão consiste basicamente em ler tudo o que aparece em latim e em seguida fazer tradução de tudo.
Lectio Prima
Salve!
Exercitatio Prima (Traduza as sentenças abaixo)
Exercitatio Secunda
Delinea solem! = desenha o sol Scribe “sol”! = escreva “sol” Scribe “domus”! = escreva “casa”!
Lege tabulam! = leia a lousa Specta tabulam scriptoriam! = olha o quadro de escrever (lousa)!
Dele! = apaga! Specta tabulam geographicam! = olha o mapa! (carta geográfica)
Lineam duc sub litteris ‘U’ et ‘S’! = Faça uma linha sob a letra ‘U’ e ‘S’
2
Punctum adde! = acrescente um ponto! (domus.) = acrescenta um ponto! (domus.)
Vertite Linguae Lusitanae! Traduzam para a língua portuguesa
Spectate tabulam pictoriam: solem delineo. “Sol” scribo. Nunc omnia deleo.
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PROFESSOR: FRANCISCO VÉRAS
DISCIPLINA: GREGO I
SEMESTRE: 1º semestre de Teologia
TEMA: CASOS, ARTIGOS DEFINIDOS
Caro aluno, a apostila com 8 páginas entregue em sala de aula no dia 17/03 deverá ser utilizada da seguinte maneira:
1ª Semana da quarentena (a partir de 23/03)
auxílio de dicionário.
Na parte da apostila onde há textos:
e minúsculas conforme texto; 4. tradução do texto com auxílio do vocabulário.
2ª Semana da quarentena (a partir de 30/03)
OS CASOS NA LÍNGUA GREGA
Os casos são funções que certas palavras (substantivos, adjetivos, artigos, pronomes) desempenham em uma oração, são eles:
Ex. πατὴρ = pai
2
Ex. ὦ γύναι, μεγάλη σου ἡ πίστις· (Mt 15.28)
Ó mulher, grande tua a fé! (esta tradução é ultraliteral, só para que você compreenda cada palavra do texto)
o pai ama o filho. (quem ama, ama alguém ou algo. No exemplo acima a coisa amada é chamada de objeto direto)
Ex. ἀλλὰ ῥῦσαι ἡμᾶς ἀπὸ τοῦ
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